Poemas alheios
Jalal ad-Din Rumi
a partir da versão em inglês
de Shahram Shiva
Vê meu rosto pálido,
sente minha dor infinda,
e não digas nada para Deus.
Vê meu coração dorido,
meus olhos que vertem como um rio,
sente tudo que tu vês passar por ti,
e não digas nada para Deus.
Na última noite teu espírito visitou
a morada de meu coração,
bateu à porta e disse,
vem, abre,
e, shhh, não digas nada.
Mordi minha mão quando te vi,
eis que muito doloroso é desejar por ti.
Ele disse, pertenço somente a ti,
liberta a tua mão e,
shhh, não digas nada.
Ele disse, és o instrumento que eu toco,
não podes cantar sem que meus lábios toquem os teus.
Espera que te tocarei como uma harpa
e, até então,
sobre minha melodia
não digas nada.