Capítulo XII do "Tarjuman al-Ashwaq",
de R. A. Nicholson
Para Geovana.
Em Dhú Salam
e pelas bandas do monastério de al-Himá
pastam gazelas
que como estátuas de mármore
resplandecem ao sol.
Já agora contemplo as esferas
já agora sirvo na igreja
já agora, pastor, cuido de um colorido prado.
É por isso que aos olhos vulgares
ora sou pastor de gazelas no deserto
ora sou monge cristão
ora sou astrólogo.
Meu Amado é três ainda que seja Um
pois as três Pessoas em essência são
Uma.
Não te incomodes portanto, amigo,
que eu fale de gazelas
como estátuas de mármore que
resplandecem ao sol.
Ou que metaforicamente
fale
de gazelas, do sol,
dos braços e seios de estátuas brancas,
pois assim, em metáforas,
dei virtudes às árvores
qualidades aos campos
e o relâmpago vesti
de lábios sorridentes.
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